sábado, 3 de dezembro de 2011

Poesia: Liberdade conquistada (Hildegardo justiniano Bichara)

Vamos refletir um pouco?


LIBERDADE CONQUISTADA

SOMOS NEGROS?
SOMOS.
POR ISSO TEMOS
FORÇA
GARRA
CORAGEM
PARA ENFRENTAR AS LUTAS E AS DIFICULDADES DO DIA A DIA

SOMOS NEGROS
TEMOS UMA RAIZ AFRICANA DENTRO DE NÓS
EM NOSSAS VEIAS CORRE SANGUE
FORTE
VALENTE
PERSISTENTE

POIS MESMO VINDO À FORÇA
PARA AS TERRAS NUNCA ANTES EXPLORADAS: BRASIL
MESMO SENDO TRATADO FEITO BICHOS SELVAGENS...
SERES SEM ALMA
SEM IDENTIDADE
E PRIVADOS DE QUALQUER VAIDADE, VONTADE, NECESSIDADE...

JAMAIS NEGAMOS NOSSAS ORIGENS,
COR
CREDO
RELIGIÃO
DANÇA E PALADAR

SOMOS NEGROS
E POR QUE NÃO NEGAMOS NOSSA COR
PASSAMOS A UNIR FORÇA, CORAGEM E INTELIGÊNCIA
INTELIGÊNCIA DE UMA RAÇA
QUE CANSADA DE SER NADA...
JUNTOU FORÇA E CORAGEM
E DESSA JUNÇÃO
PARIRAM A LIBERDADE!
LIBERDADE...  LIBERDADE...
E A LIBERDADE ABRIU AS ASAS SOBRE NÓS
NEGROS?
SIM, MAS ACIMA DE TUDO GENTE!
GENTE
QUE TEM ALMA,
DESEJOS,
PENSA,
SENTE DOR E CHORA,
ODEIA E AMA.
GENTE
QUE ACIMA DE TUDO
SONHA...
SONHA
COM O FIM DO PRECONCEITO,
DAS DIFERENÇAS,
E DE TODAS AS INJUSTIÇAS!

SIM,
SOMOS NEGROS.
E PROVAMOS NOSSA FORÇA,
NOSSA TRADIÇÃO.
FOMOS MARCADOS
NO CORPO E NA ALMA
MAS DEIXAMOS
NOSSAS LEMBRANÇAS
NAS DANÇAS, CULINÁRIAS, ARTES, RELIGIÕES...
SOMOS NEGROS
LINDOS
ORGULHO DE UMA NAÇÃO.


(HILDEGARDO J. BICHARA)











sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Fotos da culminância do Projeto Minha África Brasileira (Escola Pedro Martinello)


Novembro é o mês em que comemoramos “A consciência negra”, e como é do conhecimento de todos, este assunto não deve ser visto apenas como  tema transversal, mas sim um tema que deve fazer parte dos conteúdos programáticos. Pensando nisso, resolvemos, no planejamento, equipe pedagógica e professores incluir em nossas práticas diárias assuntos relacionados aos grandes legados deixados pelos negros, bem como toda a trajetória desse povo tão massacrado, tão discriminados, mas que com muita luta e perseverança estão arrancando  as raízes do preconceito e mostrando o seu valor. E todo o trabalho desenvolvido teve a culminância hoje, 30 de novembro de 2011. O resultado vocês podem conferir nas fotos. Mas já podemos adiantar: tudo saiu como o planejado e ficou maravilhoso! 







































quarta-feira, 6 de julho de 2011

Refletindo "Bairro Caladinho"

O texto abaixo foi criado após a visita que, eu, alguns professores e coordenador da Escola Pedro Martinello (EJA), fizemos aos alunos que se encontravam por algum tempo ausente do ambiente escolar. O bairro escolhido foi o Caladinho, repleto de moradores, mas esquecido por nossos representantes. Durante a visita vi a falta de saneamento básico, falta de ruas pavimentadas, redes de esgoto, calçadas, rede elétrica entre outros, daí percebi, que o principal motivo, dentre outros, que afastam os alunos de realizarem os seus sonhos, talvez seja os perigos que o bairro oferece, pois à noite tudo é escuro, e na volta para casa ficam expostos a todos os tipos de riscos, assim é melhor desistir dos estudos e preservar a “vida”.
Caladinho              

Caladinho...
Teu nome já diz tudo...
Tua paisagem pede socorro,
Mas não fala.
Tuas ruas,
Ah!  tuas ruas...
Não cabe em mim
A vontade de deixá-las dignas
De um lugar tão cheio de amores,
De prazeres, de sonhos...
Sei que às vezes tens vontade de gritar:
 Socorro! Ajudem-me!
Estou aqui,
Sou o Caladinho,
Vivo todas as mazelas oferecidas pela sociedade
Meus moradores passam
Situações difíceis.
À noite tudo fica um breu
Em muitas ruas
E os que não deixam os sonhos morrerem
Caminham em meus mistérios e perigos
Tentando mudar essa dura realidade,
Mas os que não têm um sonho
Estes, já vi ficando pela estrada
No meio do caminho.
E são esses: alunos, indivíduos, seres humanos?
Sei lá...
Pois os que foram eleitos por eles
Deles se esqueceram.
E são esses, que a dura realidade
Vem afastando da escola,
Que vamos buscar no Caladinho.
Caladinho
Um dia sei que vai soltar a tua voz,
Dizer o que precisa,
Lutar pelos teus sonhos
E deixar de ser caladinho
E se tornar o bairro:
Caladinho.


                             Hildegardo Justiniano Bichara.


               

sábado, 2 de julho de 2011

Importância do curso de Introdução à Educação Digital

Caros colegas,


Quero relatar para todos que participaram do curso de Introdução a Educação Digital a importância do referido curso nas minhas práticas  em sala de aula e na minha vida pessoal, já que a internet é uma ferramenta que nos possibilita conhecer e interagir com o mundo.
 Ao realizarmos a primeira atividade à distância, com a participação dos educandos, percebi a importância de ter participado do curso e poder, também, introduzir os alunos na era digital. Ao realizarmos a atividade passei a acreditar que o programa Linux possui ferramentas de fácil manuseio, pois mesmo não tendo os conhecimentos básicos de informática, os alunos se envolveram nas atividades e conseguiram, com o nosso auxilio, desenvolver com sucesso as atividades de desenho, pintura e produção propostas.
Meu desejo é que todos que participaram do curso continuem buscando o aprimoramento na área digital e desenvolvam ações de inclusão digital com os alunos, para que estes ampliem seus conhecimentos e transformem a realidade em que vivem.
Portanto, só tenho a agradecer, primeiramente, à Secretaria de Educação que nos ofereceu o curso de formação continuada na área de inclusão digital, enriquecendo os meus conhecimentos e ampliando os recursos para que eu os utilize em minhas práticas pedagógicas, agradeço a todos que participaram do curso e, especialmente à nossa mediadora Lucilene, que nos mostrou de forma dinâmica e competente a importância do curso em nossa vida.


Um abraço!

Cordialmente,

Hildegardo Justiniano Bichara (Escola Professor Pedro Martinello)

terça-feira, 24 de maio de 2011

Entrevista com Bernard Charlot

A Escola e o Saber
Bernard Charlot


Bernard Charlot é professor de Ciências da Educação na Universidade Paris VIII.
Dedica-se ao estudo das relações com o saber, principalmente a relação dos alunos de classes populares com o saber escolar. Ele esteve no país durante o Fórum Mundial de Educação, onde concedeu esta entrevista exclusiva ao site do CRE:


ENTREVISTA

>> Durante suas pesquisas sobre a relação dos jovens brasileiros com o saber, o que lhe chamou a atenção na escola aqui no Brasil?
BC>> Numa comparação com o meu país, a França, vejo que lá a escola é uma instituição mais forte do que no Brasil, uma instituição na qual o aluno tem o direito de pertencer para aprender coisas de que ele goste ou não. Mas o que mais me chama a atenção no caso brasileiro é a importância que é dada ao lado afetivo do saber. Existe aqui uma relação muito forte entre o saber e o corpo: o saber deve ter efeitos emocionais para ter valor. E isso acontece tanto na cabeça do aluno como na da professora. Acho que por isso ela tem uma grande dificuldade em deixar de ser "tia". Isso traz um problema: se a tia não gosta do aluno, ou se o aluno não gosta da tia, ele não vai aprender.

>> Se o senhor fosse professor numa classe de adolescentes brasileiros, qual seria a sua preocupação hoje, na hora de planejar suas aulas?
BC>> Me preocuparia com a questão da auto-estima. O adolescente é frágil e tem uma imagem frágil de si mesmo. O saber deve permitir que ele reforce essa auto-imagem, ao invés de feri-la ainda mais como muitas vezes acontece. Porque quando o saber é uma fonte de sofrimento pessoal psicológico na sua auto-estima, você tende a desvalorizar esse saber que te desvaloriza.

>> O que é aprender, segundo sua visão?
BC>> É algo que se manifesta de formas heterogêneas e que é bem mais amplo do que adquirir um saber. É, por um lado, apropriar-se de um enunciado que só tem existência através das palavras. Mas é também dominar determinadas formas de se relacionar com os outros e consigo: a se apaixonar, a ter ciúmes... Isso tudo se aprende, não é natural. O resultado da aprendizagem, portanto, não precisa vir necessariamente na forma de um enunciado verbal. Como saber se uma pessoa aprendeu a nadar? O resultado vem inscrito no seu próprio corpo, na maneira como ela se movimenta na água. Essas formas diferentes de aprender muitas vezes concorrem entre si no mundo do aluno. O desafio da escola é fazer com que o que se aprende lá possa também permitir ao adolescente se construir enquanto sujeito. Isso nem sempre acontece, principalmente nos meios populares.

>> Por que alguns alunos têm mais vontade de aprender do que outros?
BC>> Toda pessoa tem uma atividade intelectual, mas o fato de mobilizar ou não essa potencialidade depende do sentido que ela confere àquilo que está ouvindo e à situação que está vivenciando. Isso varia, em primeiro lugar, com a história singular de cada aluno. Ou seja, os motivos que despertam o desejo de aprender numa criança podem não ter nenhum efeito sobre outra, que tem uma história pessoal diferente. Além disso, há uma explicação de origem sociológica: sabe-se que há uma postura diferente frente à escola entre as crianças de classes médias e de meios populares. Não sabemos muito bem como a classe influencia, mas é inegável que ela tenha um peso importante.

>> A classe social é um fator determinante na aprendizagem?
BC>> Não há uma relação automática de causalidade. O que sabemos é que existe uma correlação estatística entre a posição social do aluno e o sucesso ou o fracasso escolar. Mas não devemos esquecer de que existem crianças de meios populares que são bem sucedidas na escola. E crianças de classe média que encontram dificuldade. Nas minhas pesquisas, venho tentando descobrir por que o risco de mau êxito é maior entre alunos de classes populares. E, além disso, por que alguns deles se dão bem, a despeito das condições desfavoráveis. Essa segunda questão é muito importante, porque pode nos dizer em que direção atuar para superar o fracasso escolar.

>> Como o professor pode interferir na relação dos alunos com o saber, de modo a despertar o desejo de aprender nos mais desmotivados?
BC>> Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que o que vai determinar a aprendizagem é a atividade intelectual do próprio aluno. O professor é importante, mas pelo efeito que ele pode ter nessa atividade. Do mesmo modo, os aspectos institucionais são importantes pelos seus efeitos sobre a prática do professor e, por tabela, sobre a atividade intelectual do aluno.
O professor deve entender que a lógica do aluno, principalmente o de classe popular, é muitas vezes diferente da lógica da escola. Nesta, é o estudante que vai realizar uma atividade intelectual para adquirir saber. Na lógica do jovem, é o professor quem vai ter esse trabalho. Seu papel é apenas sentar-se na sala e aguardar que lhe passem esses conhecimentos. O professor tem de mudar essa situação, construindo o aluno na criança, no adolescente. Esse é um trabalho ao mesmo tempo terrível e apaixonante, que não sei se é a "professora tia" que pode fazer. Acho que deveria ser a "professora professora", a profissional.

>> Nessa tentativa de motivar os alunos, alguns professores tentam mil coisas. Até que ponto isso interfere na relação com o saber?
BC>> Ao invés de falar em motivação, prefiro falar em mobilização. Há uma diferença importante entre essas duas palavras. Motiva-se alguém de fora, mas se mobiliza de dentro. Muitas vezes, constrói-se com esse discurso de motivação uma pedagogia muito artificial, em que o professor ensina a fazer um bolo para dar aula de Matemática. Isso só terá algum efeito se o dispositivo usado fizer algum sentido para o ensino. Mas normalmente não é isso que acontece. Uma motivação externa em geral cria um sentido enviesado. O que o aluno quer ao fazer um bolo? Quer comer o bolo. Ele não está nem aí com a Matemática. Essas motivações de fora são muito artificiais.
É importante compreender que a mobilização é interna e supõe um desejo do próprio aluno. Mobilizar é fazer uso de si, para si. E isso representa uma diferença fundamental.

>> Como aproximar o "aprender na escola" do "aprender na vida"?
BC>> Essas duas formas são diferentes, mas não deveria haver uma barreira tão grande entre elas. O estudo da história de Portugal no século XIX, por exemplo, deve fazer sentido para que o aluno entenda o que é a vida no Brasil agora e o que está fazendo aqui. A escravidão, as batalhas, as conquistas... Isso tudo deveria produzir uma reflexão para que os estudantes entendessem melhor quem eles são. Dessa forma existirão pontes entre o ensino acadêmico e o que se vive. E a aula ganhará muito mais sentido.

>> Como deveria ser a escola ideal?
BC>> Aquela que questiona, que primeiro traz os questionamentos e só depois o conhecimento. Que mobiliza a atividade intelectual e dá sentido aos saberes. Que é respeitada como instituição. Que estimula a auto-estima, a imagem que os alunos têm de si mesmos. Aquela, por fim, em que o saber é também fonte de prazer - o que não significa que não há esforço, pois o prazer mais importante para um indivíduo é se sentir inteligente.

>> Qual a sua opinião sobre o sistema de ciclos?
BC >> O princípio da escola ciclada é mais justo do que o da seriada. O problema é que pode haver contradições entre esse projeto político e as práticas pedagógicas da sua implantação. Na França, temos há dez anos o sistema de ciclos e quase ninguém percebeu a mudança. Por que isso acontece? Porque muitas vezes o sistema de séries permanece camuflado nas escolas cicladas. O que temos de pensar é em que práticas pedagógicas são necessárias para concretizar efetivamente o projeto político dos ciclos.

>> E o que o senhor pensa sobre a repetência?
BC>> A repetência é ruim, quanto a isso não tenho dúvidas. Mas também acho que, na prática, um aluno que passa sem saber acaba atrapalhando a si e aos colegas. Mais importante do que ficar discutindo sobre a repetência é refletir sobre as práticas que permitem que todos os alunos sejam bem sucedidos.

>> Como fazer um projeto pedagógico?
BC >> Na base de um projeto pedagógico é preciso haver sempre uma escolha de valores, uma representação do mundo, do ser humano e da sociedade. Definida essa dimensão política, é preciso traduzi-la para a especificidade da escola, para a esfera pedagógica. E aí é importante lembrar que a escola não é só o seu projeto, mas também o que está fazendo na prática, os métodos que são efetivamente utilizados, o que os alunos estão aprendendo... Proponho, aos professores, que questionem seus atos pedagógicos. Por exemplo: devo prosseguir a aula se 5 dos meus 25 alunos não estão entendendo? E quando for apenas um? Essas escolhas não são apenas atos pedagógicos, há um significado político por trás delas.

>> O que é preciso para construir uma escola democrática?
BC >> Que cada profissional envolvido com a educação reflita sobre seus atos políticos e pedagógicos. São as nossas contradições que devemos enfrentar se quisermos construir uma escola verdadeiramente democrática.

(Priscila Ramalho)
Para mais informações clique em AJUDA no menu.





http://www.crmariocovas.sp.gov.br/ent_a.php?t=006

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Vitima de Bullyng - Casey Heynes - Entrevista LEGENDADO

Formação do Curso de Introdução à Educação Digital

Aos 09 (nove) dias do mês de maio de 2011, no NTE, teve início a formação continuada na área de inclusaõ digital,para os professores da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professor Pedro Martinello. O referido curso tem com objetivo capacitar os professores para saberem utilizar o programa Linux, e assim fazer uso do laboratório de informática da referida escola.